domingo, 28 de fevereiro de 2010


Eu furo a dieta e tenho mania de escovar os dentes
Pinto as unhas de vermelho e leio menos livros do que gostaria
Rio de piadas sem graça só pra agradar
Roubo dois minutos na esteira (pra menos)
Finjo ser inteligente (pra menos), mas só de vez em quando
Tomo mais taças de prosecco que deveria, de vez em quando e de novo
Mas não era pra ser irracional, eu digo, o amor?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Em cima da hora

Tento com todas as minhas forças não fazer deste blog um jornal pessoal, que coisa chata essa de ficar divulgando o que fez, como  a vida anda, a não ser de vez em quando e por metáforas, isso é mesmo meio besta! Já basta o twitter pra nos fazer de tontos.

Mas desta vez, de novo, não vou resistir. Mas é por um bom motivo, até informativo! Nasceu a Rafa, a Rafinha como já estamos chamando, a Rafaella como vão batizá-la. E estamos comemorando!!!!

Não preciso dizer que é fácil odiar essa cidade, principalmente quando nos faz ficar parada quase uma hora no trânsito a caminho da maternidade e a Rafinha quase lá. Aquela mulherada no carro, tias,  prima e avó,  todas desesperadas pra conhecer a nova menininha da família! E ela nos esperou pra nascer, mal chegamos ao hospital e lá estava ela, linda, moreninha, cabeluda, a cara do pai, só nos aguardando pra dar as caras ao mundo, à esta cidade maluca e à sua família, maluca e maravilhosa.

Rafa, querida, que bom que você chegou! E olha, vai crescendo que a gente te ajuda a enfrentar esse mundo que tá aí. Em breve acho que posto uma foto dela, não vou resistir, de novo!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

É carnaval...adivinha, quem é você

Chegou de madrugada, a roupa entremeada de confetes, o corpo iluminado de purpurina. Nem bem era o carnaval que a embriagava, nem as latas de cerveja que tomou.

A sensação de entorpecimento vinha do calor, do suor, do resto de batida da bateria que ainda chegava aos ouvidos. Da roupa daquele tecido tão azul que não deixava o corpo respirar direito e por isso mesmo, grudava, mas só na parte de dentro.

A maquiagem meio borrada, mas ainda existia, os cílios maiores que o normal. Essa era a graça, de ser quem não é, de pertencer a um mundo que não era seu, o de todo dia, o do café pingado com leite, do caminho do trabalho, das conversas pensadas com as pessoas.

Antes daquilo, não sabia se tinha gosto por carnaval, mas depois daquele desfile, a escola era como seu time do coração e ela tinha mesmo muita vontade que eles ganhassem e que tudo isso não passasse. Por uma hora, não que fosse celebridade, pobre dela, mas sabia que fazia parte de algo importante, muito mais pra outros que pra ela, mas também para ela durante aquele tempo, antes, não podia imaginar quanto.

Da foto em que surgiu anônima tirada por um fotógrafo desconhecido, aparecia como "Integrante da escola". E assim se sentiu, pelo menos por algumas horas, e as flores, e as fitas coloridas. Era só carnaval e se perdeu um pouco de si mesma, pra se achar no dia seguinte, num link de internet, mas só porque era carnaval.

http://carnaval.uol.com.br/2010/album/14_perola_negra_album.jhtm?abrefoto=26



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sonho de uma noite de verão

Aluga-se
Para noites quentes de verão, prateleira ampla para uma pessoa, bom bairro, supermercado perto, descongelamento automático, open bar. Cobra-se adiantado.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tem gente nova chegando

Eu sou muito família, não por escolha, mas também. Tenho uma família enorme, já era hora de falar deles aqui. Só nesta semana fui a seis aniversários e estamos na quinta-feira. Como isso é possível? Três pessoas comemoraram juntas no sábado, outra na terça e finalmente mais uma festinha hoje, quinta-feira.

Eles são muito festeiros, gostamos de festas. Mas o interessante hoje, e eu já sabia disso, foi notar a função de cada um nessas ocasiões. Tem um primo que é o puxador oficial dos parabéns, ele manda: " - E pro tio Tal nada! Tudo! Então comoéqueé? " A outra é a cortadora de bolos, já sabe quem quer pedaço fino, quem quer pedação, quem gosta da cereja...

Há os que chegam primeiro, os sempre atrasados e os que nunca vão embora. Tem as que levam as marmitinhas da comida da festa, mamãe é uma delas, e a prima que sai com um pedaço de bolo pro café da manhã do dia seguinte.

Temos poucas crianças, pra correr e roubar docinhos,  mas tem uma por chegar, a primeira bisneta, a primeira filha de todos os meus numerosos e queridos primos. É a Rafa, pra nós,  Rafaella pros ainda não tão íntimos. A cada  festa ela se mexe mais um pouquinho, vai se virando pra sair, achamos que ela quer nascer logo pra participar. E talvez venha no Carnaval e já nasça no meio da maior festa! Que função terá ela nessa família enorme? A da criança mais amada e querida de todos os tempos! Vem logo Rafa que já estamos pensando em seu batizado e seu primeiro aniversário,e a decoração e o bolo.....






domingo, 7 de fevereiro de 2010

Vale um presente

Existem presentes que você nunca esquece, seja porque foi dado por alguém especial, seja pela lembrança que traz de uma data, há muitos motivos para se recordar através de um presente.

Um deles, pode ser o presente mico e você nunca irá  esquecê-lo. Pode ser algo que não tinha nenhuma utilidade ou nada a ver com você, todo mundo sabia disso, menos a pessoa que o presenteou.

Quando fiz quinze anos, meu pai chegou em casa com uma caixa enorme, retangular. Eu olhei toda interessada, muito satisfeita pensando que seria a tão desejada TV que eu queria pra colocar em meu quarto. Corro afoita para abrir o pacote e surpresa: meu pai, que sempre adorou acampar, me presenteou com um super isopor, aliás, um não, três. Vinha um dentro do outro e de brinde, uma garrafa térmica pra suco. Tudo para camping!

Isso me faz lembrar de um outro presente, antes dos quinze, também dado pelo meu pai, desde sempre aficcionado por acampamentos. Desta vez era um pacote pontiagudo, eu era incapaz de imaginar o que fosse, não tinha a criatividade necessária. Receosa, abri. Uma vara de pescar. Meu pai desejava desde sempre me inciar na vida de escoteiro, pensei, no próximo ano, viria um uniforme camuflado.



Desta vez não foi meu querido pai, mas uma tia, também muito querida. Acabara de se mudar, mas tinha tudo para casa. Uma outra tia, sempre preocupada com a utilidade do presente, na primeira visita em sua nova casa, apareceu com uma escada. A pobre tia, a presenteada, agradeceu enquanto a outra abria a escada no meio da sala, demonstrando todas as qualidades daquele modelo.

Em outra ocasião esta mesma tia, pobrezinha, ganhou um medidor de glicose em seu aniversário. Muito útil, pode-se pensar, não fosse o fato de ela nunca sequer ter suspeitado de um diabetes. Todos os exames normais, ela guarda até hoje o souvenir.

E em breve, a lista continua. Afinal, não faltam aniversários, casamentos e como disse, datas especiais e presentes incríveis. Por que será que as pessoas têm tanta resistência em dar vale-presente?


Mais do mesmo

Essas não são minhas, fazem parte do repertório de uma colaboradora assídua deste blog, a Gi, minha amiga. Ela sempre tem boas histórias que tento transformar em texto. Aliás, a primeira história é verídica e aconteceu com a Tia da Gi. E assim, com diversas colaborações, as gafes continuam...

A moça estava sentada com suas amigas em um baile. No outro canto, junto aos amigos, estava um rapaz, bonito, interessante, que não parava de olhá-la. Ela tímida, algumas vezes retribuia, mas seria incapaz de falar com ele, imagina. Aos poucos, o rapaz se aproxima, ela pensa: " - Ai meu Deus ! " - era tudo o que queria, mas temia a aproximação. Ele estende a mão à ela. Ela diz: " - Desculpe, mas eu não danço. " Ele retruca: " Não, não, eu só vim me despedir. Já vou indo, tá tudo muito chato aqui!"

Levou o sobrinho em uma livraria, boa atitude essa do incentivo à leitura. Além do mais, era dia das crianças e pensou que aconteceriam diversas atividades interessantes no local. Viu uma mulher na seção infantil vestida (mesmo) como  uma princesa, com diversos acessórios e diz (bem alto): "Olha Fulaninho, a contadora de histórias, vai lá falar com ela." Quando responde a tal mulher: "Ah não...você se enganou,  só gosto de me vestir assim, pareço fantasiada, mas não trabalho aqui."

Ai que vergonha, tudo isso é mesmo muito constrangedor, mas insisto, quem nunca cometeu uma, que atire a primeira pedra.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Gafes II

Outro dia fiz um post sobre gafes, mas apaguei, pensando que a maior gafe fui eu quem cometi. Gerei comentários constangedores, pessoas foram difamadas neste blog, então, excluí.

Mas existem situações que precisam ser contadas, portanto, vou reeditar o post, com histórias velhas e novas, sem gerar polêmica desta vez! Ou só um pouquinho, pra não desacostumar.

Você tem um primeiro encontro, sai com um cara que achou bacana, conversa vai, conversa vem, cada um pra sua casinha. Na manhã seguinte, uma ligação não atendida em seu celular.
Primeiro, quer se matar, por ser tão burra de deixar o celular no fundo da bolsa e não escutar o telefone. Você dá um tempo e liga:
" - Oi, tudo bem? Dormiu bem? Você me ligou? (com a voz mais meiga que conseguiu pela manhã)."
" - Eu? Não...deixa eu ver....Ah! Foi meu celular que ligou sozinho, ele sempre faz isso!"
" - Ah....sei, ah tá! Então tá bom....Mas tá tudo bem? Bom....então....ah.....a gente se fala... ( e desliga com a voz menos deconcertada que conseguiu naquela manhã)."

Convidou uma menina pra jantar e disse que fazia questão de pagar. Estavam no exterior, escolhe um vinho, entrada e prato principal. Noite linda, a praça é linda, iluminada, neva lá fora.
Chega a conta e ele se dá conta que não tem dinheiro suficiente e o pior, esqueceu o cartão de crédito em casa. Ela vai ter que pagar, mas não trouxe dinheiro, foi convidada.
Deixam o celular (o dela, modelo melhor) no restaurante e voltarão depois pra pegar, pelo menos os pratos não terão que lavar...
No exterior, sem carro, chegam ao metrô, fechado! Não têm dinheiro para o táxi, o negócio é esperar o ônibus. A linda neve que caia lá fora no jantar, continua caindo e desta vez, em cima deles.
A casa mais perto é a dela, pra agilizar e recuperar o celular, ela sugere irem até sua casa, ela pagaria, não haveria problema. Ele aceita.
Ela entra, pega o dinheiro, ele aguarda lá fora. Eles pagam, recuperam o celular, vão e voltam de táxi. Despedem-se. Você viu esse cara por aí? Ela, nunca mais!

Isso é muito constrangedor, mas quem nunca cometeu a sua, que atire a primeira pedra. Comente sua gafe!