segunda-feira, 21 de março de 2011

Por um mundo melhor

"Em um mundo melhor" é um filme bem amarrado, com começo, meio e fim. Talvez por ser dinamarquês seja tão arrumadinho. Daquelas histórias contadas direito, em que a gente entende as passagens, mas não sabe onde vai dar. Coisa difícil em tempos de cinema francês com diretor iraniano.

Três histórias acontecem em paralelo, mas enredadas numa só. Um médico missionário na África que lá pelas tantas se vê no meio de uma questão ética, que é também pai ausente de um filho que sofre de bullying e marido de uma esposa traída. Tem a história de seu filho, que sofre provocações de amigos grandalhões na escola, até encontrar um outro menino que perdeu a mãe e tem idéias perversas para seu instinto pouco amigável. Por último, aparece em cena o pai desse garoto , que não consegue manter proximidade com o filho e não sabe que rumo tomar na sua educação depois da perda da mulher.

Explicado por mim parece confuso, mas pelos dinamarqueses não é. Da África ao interior da Dinamarca, as histórias vão acontecendo e colocam em xeque a educação dos filhos, o papel da escola, o builling, a ética profissional, a capacidade de perdoar e por fim, as atitudes que devemos ter, reconsiderar, reafirmar os princípios para tentar viver " Em um mundo melhor".

Com um título piegas, que pode ser produto de má tradução, e sobre isto eu nada posso opinar pois não sei dizer sequer "Bom dia" em dinamarquês, o filme aborda questões nada cafonas mas que parecem fora de moda, como ensinar aos filhos o respeito pelo outro e pensar no bem comum ao invés dos interesses pessoais. Pode ser coisa de dinamarquês, mas eu gostei.