segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

" A minha oração é curta pro santo não entediar "

Pois é, agora o Ano é Novo e "não dá mais pra chorar"
Vou falar com Iemanjá e com algum estranho à meia noite, à luz do luar
Vou "tentar perder um quilo e meio até lá"
Vou pedir ao Santo, mas "a minha oração é bem curta pra não entediar"
Vou tomar banho de sol, ler os livros que faltaram e alguma cerveja pra acompanhar
"Quem sabe eu te ligue pra poder a tarifa a gente aproveitar,
ou quem sabe até eu arranje alguém novo pra me namorar"

E vamo que vamo!





domingo, 20 de dezembro de 2009

Dicas que podem valer

Chega de blá, blá, blá, sentimentalismos promovidos pelo espírito Natalino, aniversário e afins. Este blog já é lido por mais de duas pessoas, com isso, já o considero de utilidade pública.

É chegada a época de arrumar as gavetas, 2010 se aproxima e você não vai querer continuar no próximo ano com o guarda-roupa entulhado com aquele jeans de quando você tinha 18 anos, roupas de academia emboloradas e sapatos plataforma.

A dica é simples e serve pra mim. Algumas amigas disseram que serve para elas também, o que me motiva a pensar que sirva pra mais alguém: roupas que você não usa há mais de um ano devem ser descartadas. A não ser que você tenha um quartinho só para guardar coisas da década de 80 como a minha Tia Helena (ela tem um jogo "Genius" de quando a gente era pequeno e uma máquina de cortar frios de padaria, manual!), desita, você precisa de espaço livre.Portanto, doe, venda para um brechó, sei lá.

Depois, reorganize. Por cor, por gênero, por estação, por preferência. Procure um jeito que você se adapte  e faça. O que costumo adotar é por função, ou seja, roupas de trabalho de um lado, roupas de final de semana de outro, gaveta específica pra roupas de ginástica, etc.

Mas isso é pouco interessante. Bom mesmo é arrumar espaço para poder comprar outras coisas, e aí vale uma outra dica: divida o preço da peça pelo número de vezes que vai usá-la. Explico: uma bolsa custa R$ 300, 00, mas você vai utilizá-la mais de cem vezes, o que dá o valor de R$3,00 por saída. Cada voltinha com o acessório te custará apenas R$3,00, quase de graça.

Façamos outra simulação. Um vestido custa  os mesmos R$ 300,00. Ok ele é lindo, mas é branco e você vai utilizá-lo só na passagem do ano. Caro! Trezentos reais para você aparecer linda e bronzeada na praia durante a virada? Pensando bem, talvez valha a pena, mas não, seguindo o nosso princípio é caríssimo. Desista e invista numa peça que poderá usar mais vezes.

Por fim, livre-se das coisas velhas que não te fazem bem, cultive aquilo que está de acordo com que você deseja, descubra primeiro o que deseja para melhor escolher e depois cultive. Doe sempre, aos outros, à você mesmo, seja generoso. Isso bem que poderia ser uma dica! Vou começar a seguí-la.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009



Este blog está em festa! Pelo menos por hoje. Dia feito pra esquecer de tudo, planejar novas coisas, acreditar que tudo vai dar certo. A cerveja com os amigos serve pra isso também.
Venha comemorar! Alguém aceita um pedaço de bolo? É de chocolate...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Carta que não é de Natal, mas podia ser

Já que embora acredite, não escrevo mais "Cartas ao Papai Noel", dedico este post à alguém muito importante, para marcar o espírito de Natal neste blog. Lá vai:

"Carta que não é de Natal, mas podia ser"

Você sabe que sou dramática. Não seria atriz porque sou envergonhada, mas daria bem para roteirista de filmes europeus ou dramalhões americanos (mexicanos não, tento fugir do cafona).

Não é à toa que resolvi ser psicóloga, assim, sofro com os meus problemas e com os dos outros. Não, sofro com os meus problemas e vejo o sofrimento no outro, o que me faz ficar mais atenta, embora não pareça, à realidade, faz crescer meu mundo.

Eu ando meio triste sim, e ainda bem que você percebeu, gosto quando você nota como me sinto, é importante pra mim. A tristeza é por causa de tudo isso que você sabe e também, eu acho, por causa dessa minha característica de pensar em tudo, mas é meu jeito!

Das idéias avassaladoras e ruins eu tô tentando me livrar, acredite. Mas tenho momentos assim, de tristeza  e de alegria, como todo mundo, só que vividos intensamente. O que é bom e ruim. Como diz minha tia, eu sempre fui uma menininha diferente, as coisas normais nunca me serviram, as respostas, nem as roupas de tamanho criança me serviam direito!!!

Mas olha, eu nunca pensei em desistir, nunca mesmo, nao teria motivos. Teria que escrever uma carta como a Leila Lopes: "era muito chato ir pra academia, etc..."?

Dizem por aí que sou mais que mediana, e modesta. Tenho um trabalho bacana, amigos de verdade, uma família maravilhosa e além do mais, agora tenho um blog, que me dá muito prazer. Me falta mais dinheiro, um novo e grande amor, mas eu vou pedir com mais força esse ano, quem sabe.

Essas mentalizações que você me recomenda , isso realmente não se parece comigo. Eu, psicanalista, mentalizando.... nao ia pegar bem! Então nisso não vai dar mesmo para eu te acompanhar. Mas podemos passar a tarde  juntas, ou um pedaço dela se você puder, assim conversaremos, ou não, apenas passaremos o tempo, isso nos falta.

E tenho certeza que no Natal vamos chorar e nos emocionar muito, o de sempre, e saberemos o quanto podemos contar uma com a outra e com alguns outros, que tudo passa, eu sei, e que a gente passa com tudo. E que se "réveille" o ano novo!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

De porta em porta

Eram vizinhos, pouco importa se da frente ou do lado, interessante é que seus sofás ficavam de costas um para o outro. Num apartamento germinado, o sofá dele dava de bunda pro sofá dela.

Aos poucos foram percebendo essa proximidade, quando cada um chegava e sentava bruscamente em seu sofá, provocava um pequeno tremor na parede que atingia o apartamento do outro. Ele, ligava a Sport TV e abria uma lata de cerveja irlandesa. Ela, assistia algum programinha na GNT enquanto tomava seu "shake" depois da academia.

Mas perto mesmo, eles ficavam em alguns finais de semana, quando jogava seu time e ele dava pulos no sofá, urrando altos palavrões que ecoavam pela sacada aberta. Ou quando ela levava um namorado e eles transavam depois de um filminho e sempre acabavam falando alto umas sacanagens e empurrando o sofá mais forte contra a parede.

Eles nunca se encontravam. Ele, publicitário, ela, trabalho em horário comercial. Ele se mudara há pouco tempo, suas vagas de garagem não eram próximas, não frequentavam as reuniões do condomínio. Ela fazia as compras na lojinha natureba lá pertinho. Ele comprava o que precisava na loja de conveniência do posto da esquina.

Ela, no entanto, sabia quem ele era: inteligente, até bonito, tocava guitarra e às vezes ouvia barulho de baixo.Acordado até tarde, devia ser viciado em internet. Ele pensava às vezes na vizinha gostosa, que fazia algum  tipo de esporte, por causa das garrafinhas de gatorade que via na lixeira.  Divertida, a moça que falava muito ao telefone, dava altas risadas e devia provocá-las em alguém. Muito ocupada, só tinha tempo para lavar suas roupas de madrugada,  horário que cismava em ligar a máquina barulhenta.

Um sabia muito do outro, mas não provava. Tinham uma certa curiosidade boa de manter. Ela quase um dia interfonou para reclamar da gritaria em dia de jogo, mas era antes das dez e estava previsto no regulamento do condomínio. E no mais, se ele fosse muito feio e tivesse a voz fina? Ele pensou em tocar a campainha, mas não havia vazamento algum vindo do ap dela. E o risco de ela não ser nem gostosa, nem divertida?

Preferiram ficar de costas um pro outro, descobrindo sinais sonoros ou restos nas lixeiras. Como num jogo de presença e ausência, estavam perto e longe, mas tinham um ao outro. As portas, de frente, de lado, pouco importa, permaneceram fechadas. Abrí-las para a realidade seria muito risco, melhor assim.