sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estranhezas e afins

Há dias, noites, que têm uma certa estranheza. Acontecem coisas esquisitas, daquelas que não dá pra explicar. Mas eu tento.
Começou comigo e uma amiga em busca de uma meia-calça em uma, uma não, várias, farmácias. Eu não sabia que vendiam meia-calça em farmácias. E não vendem, mas ela teimava que vendiam. Terminamos parando num desses mercados express. Lá pensávamos que vendiam, e vendem, o que não é tão estranho assim.
Seguimos. Fomos ver o marido dela, que é músico, tocar em uma casa. Sim, uma casa mesmo. Chamava-se "Casa de Francisca". A Francisca não estava lá, nem era dela a casa, mas se fosse, teria que ser "Casa da Francisquinha" porque era tudo muito apertado. Acomodei a bolsa diversas vezes e em lugares diferentes. Terminou no meu colo, não cabia em lugar algum.
E os músicos, coitadinhos! O palco era muito, mesmo, apertado. Eles, espremidos, tentavam tocar. Eram cinco caras num palco feito pra um, e magro. Ficou estranho.
Não era uma balada, mas era algo parecido. Uma das meninas da mesa pede uma bebida: chá. Era de anis, escutei dizer que dá um barato. Mas chá na balada? Preferi ficar com uma garrafa de Merlot que dividi com minha amiga, e uma outra menina bacana e de saia esquisita.
Comi um bolinho que parecia carne, mas não era. Bom. Mas não era carne, era bom, mas era grão de bico.
Por fim a música era boa, jazz misturado com não sei o que. Prefiro assim, coisas que não compreendemos por inteiro. Sobra espaço pra sentir.

2 comentários:

  1. Gostoso te ler, Kenia... Parece que estou conversando contigo olho no olho. Gosto do teu estilo de narrativa, do teu jeito meio nonsense ("Casa da Francisquinha" foi ótimo!), da descrição meio "atrevida", como você mesma se adjetivou outro dia. Descubro-me cada dia mais fã... Fã incondicional é o que sou...

    ResponderExcluir
  2. Ahhh, Geraldo! O que dizer? Vc faz meus dias mais felizes, hehe. Gde Bjo.

    ResponderExcluir